Apresento-vos a vossa nova banda favorita: All Against. São tugas, fazem Metal do bom e merecem muito saltar para outros palcos… mais altos, quiçá num estádio com vista para o Tejo na zona de Belém, ali por alturas do verão.
Numa mistura de Heavy com Trash Metal e Groove, riffs rápidos e poderosos, por vezes a fazer lembrar Godsmack ou Machine Head, este quarteto basicamente ocupou o meu Spotify na última semana.
Uma bela caldeirada de Trash e Groove Metal
Têm uma característica que aprecio. Não se põem a acelerar ou a ser ruidosos por serem ruidosos. Conseguem ser criativos em cada som, não caem no erro da monotonia que por vezes atinge bandas mais underground. O último álbum que lançaram saiu em março deste ano, precisamente quando fizeram 10 anos de carreira e é bestial.
Para a banda que é (talvez desconhecida para o habitual metaleiro), fizeram um disco bastante completo – percebe-se o trabalho para dar harmonia entre baixo, bateria, guitarra e vocais – original e cheio de malhas que espero ver muito em breve ao vivo.
“Straight Down To Hell”, “Nepotism”, ‘Inner Mayhem” ou a rara música em português “Nação Valente e Imor(t)al” valem muito a pena, apesar de aconselhar vivamente que oiçam todo o trabalho de All Against, numa discografia com três álbuns: Straight Down To Hell, The Day Of Reckoning e I Am Alive.
Como é que não explodiram, à imagem de outras bandas que não mostram tanta capacidade, é um mistério. Mas vão bem a tempo de ser um caso sério.
Os membros de All Against
Nos vocals está um saudoso Henrique Martins (ex-Griever e Momentos Extremos de Obsessão), que chegou à banda em 2022. De voz raspada, com uma rouquidão saliente mas também capaz de sacar uma melodia tranquila quando é preciso, assenta que nem uma luva no grupo.
No baixo está um grande Luís Silva (também membro da banda Hórus), Sérgio Correia rebenta com a guitarra e Bruno Romão acompanha-o na guitarra rítmica. Só é pena terem uma baixa de última hora, após a saída do baterista Ricardo Tito em julho, que estava com eles há sete anos (a vaga está aberta para audições, caso estejam interessados).
Porém, não é a primeira mudança no grupo. O antigo baterista Cris e o ex-vocalista Rui também já tinham abandonado a banda. Nada que tenha deitado por terra a qualidade da música de All Against.
Vale muito a pena ouvir. Ainda há dois anos foram a segunda banda a atuar no Vagos Metal Fest. Por isso, não devem ficar muito mais tempo fora do radar dos grandes festivais.
Em 2026 têm presença confirmada no Slax Metal Fest, no RCA Club em Lisboa.
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